A Revista HUMANA RES, coordenada pelo Núcleo de Estudo em Estado Poder e Política – NEEPP e com responsabilidade administrativa do Centro de Ciências Humanas e Letras, do Campus Poeta Torquato Neto, da Universidade Estadual do Piauí, torna pública a chamada para o Vol. 1, N. 6, 2022, visando à seleção de artigos que irão compor o dossiê temático: Infância e juventude: a criança e o adolescente como sujeitos da história e a formação de novas subjetividades, sob organização dos seguintes professores:
Profª Drª. Teresinha Queiroz (UFPI)
Profª Drª. Maria do Socorro Rios Magalhães (UESPI)
Profº. Me. Dheiky do Rêgo Monteiro Rocha (UFCG)
HUMANA RES
Infância e juventude: a criança e o adolescente como sujeitos da história e a formação de novas subjetividades
O interesse pelo estudo das “idades da vida” foi acionado pelas pesquisas de Philippe Ariès a partir dos anos 1960. O baby boom, as novas vivências urbanas, a expansão das universidades e as insurgências juvenis nos movimentos de 1968 contribuíram para reforçar as distinções de interesses dessas várias idades, impondo as presenças de crianças e de jovens no cenário da história, seja como consumidores de diferentes produtos culturais – literatura, cinema, teatro, música, história em quadrinho e jogos eletrônicos -, seja como alvo de uma legislação protetiva dos direitos dessas populações.
A intenção deste dossiê é criar um espaço de discussão e de divulgação de estudos sobre a infância e a juventude como sujeitos da história, abordando temas, espaços e temporalidades variados, bem como diversas expressões desses protagonismos. Interessa conhecer mais sobre as relações desses sujeitos no âmbito doméstico, na vida escolar, na arte e no lazer, bem como na preparação para o trabalho. Essas inserções sociais são cada vez mais reguladas pelo poder público, assim crianças e jovens se tornam sujeitos de direito. Movimentos sociais e códigos legais incidem sobre e regulam essas vidas, com o que emerge largo conjunto de interesses e prescrições acerca das crianças e dos jovens, a exemplo do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Pretende-se flagrar crianças e jovens não apenas em situação de conforto e proteção social efetivas, mas igualmente pelas margens. Crianças pobres, crianças negras, em situação de privação de liberdade, as doenças infantis e suas prevalências, as políticas de saúde específicas para essa faixa etária, os maus-tratos e a repressão social e pública, crianças adotadas e as formas de adoção.
No que diz respeito à juventude, as transformações no mundo contemporâneo cada vez mais têm como base sua presença, especialmente no ativismo político, nas sucessivas revoluções sexuais, na criação e no domínio das formas tecnológicas que moldam esse novo tempo, a criação de novas famílias sob o paradigma do movimento LGBTQIA+.
Queremos chamar a atenção também para a presença de crianças e de jovens enquanto participantes dos movimentos culturais e literários, como leitores e escritores, bem como para a participação desses segmentos cada vez mais frequente nas “movimentações de rua” sob a tutela dos coletivos.
Prazo para submissão:
De 09/08/2022 Até 16/11/2022