SER CRIANÇA NO HORIZONTE HUMANIZADOR DA LITERATURA INFANTIL
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Palavras-chave

Literatura infantil. Livro ilustrado. Função humanizadora da literatura

Resumo

A literatura infantil contemporânea produzida no século XXI tem apresentado para os leitores crianças possibilidades de pensar a respeito do mundo a sua volta por meio das composições verbais e visuais do livro ilustrado. Este artigo tem como objetivo apresentar reflexões acerca do ser criança na condição de sujeito sócio-histórico, representado na literatura infantil, que pode gerar um horizonte humanizador na formação de um leitor sensível, crítico e criativo. Nesse sentido, destacam-se narrativas que abordam o protagonismo emancipador em contextos temáticos distintos, a saber: O vestido de Afiya (2022), de James Berry, Julián é uma sereia (2021), de Jessica Love, e O garoto da camisa vermelha (2020), de Otávio Júnior. Na construção da reflexão, através de uma pesquisa bibliográfica, o estudo apoia-se, principalmente, no pensamento dos estudiosos: Candido (1976, 2002, 2021) e Aguiar (2011), sobre o lugar da literatura na vida social; Cohn (2005), sobre a antropologia da criança; Queirós (2005, 2019), sobre o poder da palavra na leitura da literatura; e Nodelman (1981) e Nikolajeva e Scott (2011), sobre as relações entre palavra e imagem no livro ilustrado. Conclui-se que as composições verbais e visuais da literatura infantil contemporânea dialogam com a realidade, por meio dos caracteres temático e estético, possibilitando ao leitor criança uma autonomia na construção de sensibilidades humanizadoras.

 

 

2151838.5.7-8

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