LEMBRAR, CRIAR E RESISTIR
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Palavras-chave

história
literatura
memória
colonização

Resumo

Na contemporaneidade a Literatura tem cumprido um papel importante ao investigar as lacunas deixadas pela História oficial, sendo cada vez mais estudadas as relações que esses dois campos têm desenvolvido nas narrativas. Este artigo pretende analisar a obra O som do rugido da onça (2021) de Micheliny Verunschk, considerando, principalmente, os diálogos entre História, Literatura e memória. Nesse sentido, são expostas as marcas deixadas pela colonização a partir da reconstrução de um episódio ocorrido no século XIX, quando os viajantes Johann Spix e Carl Martius sequestram, em meio a espécies da fauna e flora, um grupo de crianças indígenas, levando-as até a Alemanha. As duas crianças sobreviventes, nomeadas como Iñe-e e Juri, das quais se tem registro visual, servem de mote para a criação desse romance polifônico e rico em discussões. Desse modo, evidenciamos a riqueza dessa narrativa que suscita questões fundamentais do passado do Brasil que repercutem na atualidade.

2151838.5.8-14

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