Resumo
Este estudo analisa as voltas da memória em Quase memória, quase romance, de Carlos Heitor Cony, de modo a compreender as performances da memória ao longo da narrativa. Nesse sentido, faz-se necessário pensar sobre o seguinte questionamento: como a memória é articulada ao longo da narrativa no referido romance? Para compreender as formas da memória dentro do romance de Cony, levantouse uma análise da significação da memória enquanto narrativa do passado, e a contribuição das reminiscências para a construção da narrativa. Logo, é por esse apontamento que foram consideradas as contribuições teóricas de Halbwachs (2006), Ricoeur (2007) e outros estudiosos que discutem sobre a temática proposta neste estudo. O relato memorialístico do romance demonstra uma carga semântica que chama a atenção do leitor, uma vez que os aspectos apresentados na narrativa elucidam as voltas que a memória faz, o que desenvolve a história.