Resumo
Este artigo versa sobre as categorias de "mente" e "aprendizagem" a partir de um olhar antropológico. Argumenta-se que ambas as noções tomadas comumente por uma perspectiva cognitivista escamoteiam importantes aspectos no que se refere a complexidade dos processos e formas do aprender. Autoras/es como Christina Toren, Jean Lave, Tim Ingold, Gregory Bateson são evocados nessa problematização, bem como, uma breve revisão do cânone antropológica no campo das relações de Aprendizado e Cultura. Para exemplificar essa dimensão processual e indivisível de ambas as categorias, se utiliza uma entrevista não-diretiva, construída durante o trabalho de campo com a Educação de Jovens e Adultos, no Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2016-2017). Em que se pode perceber a diversidade da experiência de aprendizagem de um jovem de vinte anos, morador de Porto Alegre, evangélico, que perdeu cerca de um quarto de sua massa encefálica, em um acidade de moto.