Resumo
A literatura brasileira produzida a partir da segunda metade do século XIX passou a fazer parte do esforço de criação de uma identidade nacional para o país, recém-emancipado do sistema colonial português. O presente artigo trata dos antecedentes desse projeto de fundação da nacionalidade da literatura brasileira, destacando a ideia de cor local como a principal recomendação dos críticos europeus e brasileiros que primeiro analisaram a produção literária de autores do Brasil. Além disso, toma os romances O Gaúcho e O Sertanejo, de José de Alencar, como exemplares na representação da grandeza e diversidade da nação brasileira, através da cor local dos pampas na região sul e do sertão na região nordestina.